Filmes vistos recentemente...

The Cycle (2008. EUA) - Direção e Roteiro: Michael Bafaro. Elenco: Daryl Hannah, Leah Gibson, Jeb Beach
Uma produção que recicla todo o gênero e deixa a sensação de deja vu a cada cena. Vejamos: três irmãos (A Casa de Cera) com problemas físicos e psicológicos causados por uma intoxicação da água (Viagem Maldita), trabalham num posto de gasolina (A Casa de Cera, Pânico na Floresta), e, de vez em quando, se vingam das pessoas desavisadas que se aproximam da região. Um grupo de jovens estudantes entram na mata para fazer uma pesquisa (tantos filmes) e são caçados um a um. A Daryl Hannah atua como Carrie, uma mulher que está em busca do marido desaparecido na região (mais outros milhares de filmes)...todos se confrontam durante pouco menos de uma hora e meia. Sem cenas chocantes ou novidades no gênero, possui um elenco esforçado e é menos confuso que o trabalho anterior de Michael Bafaro, "11:11 - A Nova Profecia". ***

Alone in the Dark 2 (2008. EUA) - Direção e Roteiro: Michael Roesch e Peter Scheerer. Elenco: Rick Yune, Lance Henriksen, Danny Trejo, Bill Moseley
O primeiro filme foi uma porcaria tremenda, daquelas que você só recomenda para a sogra, mas, pelo menos, tentava (bem pouco, claro) se espelhar nos games ao transformar o personagem de Christian Slater no protagonista Edward Carnby. Quando anunciaram a seqüência, sem a direção de Uwe Boll, surgiu uma certa esperança, até mesmo porque eu (sim, só eu) gostei de "House of the Dead 2". No entanto, depois de 88 minutos, a primeira reação de qualquer pessoa será voltar o filme para o começo para ver se o título é realmente "Alone in the Dark 2". E o pior: é esse mesmo. Com um elenco interessante, era de se esperar alguma coisa "assistível", mas não. O longa é terrivelmente ruim, conseguindo ser pior até mesmo do que o original. Todo o elenco está perdido numa história chupada da trilogia das mães, de Dario Argento. Bruxaria, punhal poderoso, manifestação de fantasmas, doença na pele....muitas idéias para pouco conteúdo. E ainda por cima tem um protagonista totalmente fora do enredo, que afasta qualquer possibilidade de carisma. Enfim, passem longe... *

Os Estranhos (The Strangers, 2008. EUA) - Direção e Roteiro: Bryan Bertino. Elenco: Scott Speedman, Liv Tyler
Eu e o Gabriel Paixão somos os únicos no mundo que não gostamos de "Violência Gratuita". Considerado cult, refeito recentemente, o longa tenta passar uma mensagem sobre a violência sem motivo do mundo atual, que sai da TV e invade nossos lares. O problema, na minha opinião, é o tom de humor, a "cara bonitinha" dos protagonistas (tudo bem, eu sei que a violência não tem rosto, mas...), as cenas longas e sem sentido, enfim. Agora, assistam "Os Estranhos". Este filme, sim, deixa o espectador sem fôlego, com suas cenas de pavor genuínos, sem excessos, sem exageros, trabalhando apenas com a escuridão e o sons que incomodam e transformam os vilões em fantasmas. Coloquem-se no lugar do casal, sozinhos, aterrorizados por três figuras sinistras que não dizem porque estão lá, apenas querem perturbar, causar terror...Ainda que os fãs do gênero irão questionar a falta de violência ou sangue (muitos já fizeram isso), tente lembrar da época em que existia terror sugerido. Outra sugestão do gênero é o francês/romeno "Eles", que também segue o mesmo estilo. ****

The Midnight Meat Train (2008. EUA) - Direção: Ryuhei Kitamura. Roteiro: Jeff Buhler, baseado num conto de Clive Barker. Elenco: Bradley Cooper, Brooke Shields, Leslie Bibb
Filmaço. Mesmo com seus efeitos computadorizados, possui uma direção impecável, uma fotografia maravilhosa, e uma história de terror original, diferente de tudo o que já fora mostrado no gênero. O filme tem tudo para ser uma das melhores produções do ano, com sua violência gráfica extrema e com um dos vilões mais frios e assustadores já vistos no cinema. Você só lembrará que se trata de um conto de Clive Barker nos minutos finais, surpreendentes. Nada mais para acrescentar ao artigo de Felipe M.Guerra. Imperdível. ****


Rovdyr (2008. Noruega). Direção: Patrik Syversen. Roteiro: Patrik Syversen e Nini Bull Robsahm. Elenco: Kristina Leganger Aaserud e Janne Beate Bønes
O primeiro slasher norueguês, "Presos no Gelo", é bem interessante, apesar das semelhanças com outras produções, possuia um clima assustador. Agora, "Rovdyr" é basicamente uma cópia carbono de diversas produções americanas, o que é uma pena já que a cultura e a linguagem são diferentes. Grupo de amigos numa kombi dá carona a uma garota assustada, depois de ter presenciado a morte dos amigos. O primeiro que disser "O Massacre..." leva uma facada. Depois, os amigos passam a fazer parte dos jogos sangrentos e mortais dos vilões que gritam pela floresta enquanto caçam suas presas. Deja vu? Com cenas de violência mais contidas, o longa deixa a sensação de filme já visto antes - o que é uma pena.... **

Bloodlines (2007. EUA). Direção: Stephen Durham e Masao Kingi. Roteiro: Stephen Durham e Tricia Liebegott. Elenco: Grace Johnston, Tracy Kay e Jason Padgett.
Lembra do filme "Roubando Vidas"? Se você ficou por alguns segundos chocado com a facada na barriga falsa da grávida, fico imagino qual será sua reação durante a cena inicial, quando uma jovem fizer o mesmo, mas numa barriga "de verdade". Tirando essa cena chocante do início, temos mais um filme que comprova a falta de originalidade dos americanos. Família deformada quer um herdeiro. Passa então a sequestrar garotas incautas para participar de um processo de seleção, que inclui rixa entre as escolhidas, entre outras torturas físicas e psicológicas. Muito ruim. Além de copiar outras centenas de produções do gênero, o filme ainda inclui os gritinhos a la "three fingers" e um final tão ruim e absurdo que dá vontade de terminar o serviço dos vilões. E os efeitos de maquiagem são tão medonhos que você fica esperando a máscara cair a qualquer momento....fujam... *

2 Necronomicon:

Estou com THE CYCLE aqui. Dos filmes comentados, só vi o MIDNIGHT MEAT TRAIN que considero mediano. Sim, tem fortes pontos positivos, mas ainda o achei arrastado... ele tenta sair do lugar comum, mas não consegue. Não me empolgou.

Abraços deste infernauta recifense!

28 de outubro de 2008 às 15:56  

Não foram só vocês que não gostaram de "Violência gratuita", eu achei prolixo e desconexo, pela capa parecia ser algo tipo Laranja Mecânica dos dias atuais... mas não, eram somente o magrinho e o balofo querendo bater nas pessoas...
*******SPOILER*******
E aquela história dos ovos? eles usam com todo mundo! não tem como inventar uma desculpinha melhor não?

7 de novembro de 2008 às 14:04  

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial