Sempre fui fascinado por mágicas. Como toda eterna criança, cresci encantado por aquelas pessoas que faziam cartas aparecerem das maneiras mais inusitadas, moedas surgirem em nossos bolsos e até pombinhas e coelhos escaparem de cartolas e panos discretos. Quando crescemos e descobrimos o significado da palavra "truque", o encantamento começa a desaparecer aos poucos. Hoje, vemos mágica com um olhar mais crítico, buscando alguma falha ou algo que prove que tudo aquilo é apenas uma brincadeira. Mas, ainda assim, é difícil não se impressionar com um truque bem feito. Quanto mais ousado e perigoso, mais interessante fica.

O episódio que foi ar dia 22 de janeiro trabalhou de forma belíssima esse tema, ainda que não tenha apresentado muitas novidades para a temporada. "Criss Angel is a Douche Bag" apresenta um trio de mágicos que está na linha tênue entre a desistência e a inovação de seu trabalho. Durante mais um show de mágica, um número considerado mortal é apresentado por Jay Dexter (o experiente Barry Bostwick. O episódio ainda contaria com outros veteranos - Richard Libertini e John Rubinstein): deitado numa mesa, o mágico deve conseguir escapar das correntes antes que um painel de lanças caia sobre ele em 60 segundos. A mágica aparentemente falha, mas Jay sai vivo como se fizesse parte do número, enquanto, próximo dali, um mágico acabava de morrer com estranhas perfurações no corpo. Essa capacidade de transferir a morte para outro mágico iria acontecer outras vezes, obrigando os irmãos Winchester a impedir que novas vítimas apareçam - mas, quem estaria por trás dessa mágica?

Nesse interim de investigação e confronto, Sam reencontra Ruby, que volta a exigir que o rapaz explore novamente seus poderes de exorcismo contra os demônios. Será que Sam está preparado para voltar a enfrentar o verdadeiro vilão da temporada ou prefere enfrentar o mal por toda a vida? Esses questionamentos surgirão sutilmente durante o episódio, e o rapaz terá a resposta com a solução do mistério. Curiosamente, nenhum dos heróis terá papel fundamental no confronto com o mal do episódio.

Um bom episódio. Sem grandes novidades, mas ainda assim interessante. O destaque fica para o encontro de Dean com um tal de "chefe" - como ele escapou daquela situação constrangedora? A atuação bem-humorada de Jensen continua sendo a carta na manga dos realizadores da série "Supernatural". Mas, é preciso voltar à trama principal...

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