O sétimo episódio da quinta temporada, com o título que remete ao ganhador do Oscar "O Curioso Caso de Benjamin Button", talvez seja o mais "offtopic" de toda a série – tanto que não temos no começo um flashback que atualize os fãs com o que será importante nessa aventura. Aliás, o único fato que o mantém relacionado aos episódios anteriores é Bobby estar na cadeira de rodas, já que os próprios irmãos nem sequer agem como de costume, tentando vencer o Mal à risca.


Aqui o vilão da vez é um bruxo, Patrick, que usa seus dons de magia em competições de Pôquer, fazendo apostas em troca de anos de vida. Depois que Bobby tenta recuperar sem sucesso uma idade que dê vida às suas pernas, Dean se vê obrigado a apostar, mas também não obtém êxito, ganhando 25 anos a mais.


Então o ator Jared dá lugar a Chad Everett (que fez "Maverick", por isso sua participação no episódio), um senhor que, apesar de carismático, quase não faz o público se lembrar de Dean – um dos maiores problemas do episódio. Quando vimos um Dean criança ou adolescente, era inevitável a semelhança física e gestual dos jovens atores – bem diferente do que acontece aqui. Podiam simplesmente ter envelhecido o ator, talvez fosse mais apropriado.
O humor de costume é trocado por velhas piadas envolvendo dores, doenças e comparações com atores velhos – como a velha do Titanic -, porém sem o efeito desejado.


Além do mais, a ação costumeira da série é substituída por uma tensão artificial numa mesa de um ambiente estático, o que chega a ser decepcionante para uma série como "Supernatural". E se não já não bastassem esses problemas, é chato ver os rapazes impotentes num episódio, tendo que ganhar na sorte contra um mal com poderes sobrenaturais. Será que na velha agenda do pai não havia uma orientação simples do modo como agir para evitar que Patrick continue envelhecendo pessoas? E ainda dependeram da sorte da namorada do bruxo se sentir arrependida dos anos adquiridos...


O episódio mais fraco da temporada, com história de Jenny Klein, em sua primeira (e espero última) contribuição para a série.


Nos filmes de terror, na literatura, e até mesmo nas religiões, é informado que o Anticristo é o filho do demônio (Lúcifer, Satã, etc), aquele que virá com o fim dos tempos para dar início ao Apocalipse. Pela semântica já se entende que é exatamente o oposto de Cristo, por isso é costume a imagem da Cruz invertida, do número 666 e de outros sinais tradicionais referentes a ele.


Já na mitologia de "Supernatural", a liberdade de criação permite aos autores reinventar esse conceito, transformando-o em apenas um filho de um demônio, nascido de uma mulher virgem. Ainda assim, com poderes absurdos, capazes até de se tornar um importante aliado do Mal na busca pelo "inferno na Terra".


Com essa bagagem interessante, o sexto episódio traz os irmãos Sam eDean numa intrigante situação, quando começam a encarar fatos estranhos em Alliance, Nebraska. Enquanto assistia "Cujo" pela TV, a babá Amber Grier acaba se tornando vítima de uma morte baseada na crença infantil de que o pó de mico pode fazer a pessoa coçar a cabeça até alcançar o cérebro. Depois que outras mortes absurdas ocorrem na região (campainha que queima até a morte; a fada dos dentes; doce e refrigerante..), os agentes Page e Plant – de volta à ativa – relacionam os fatos à presença de um sinistro garoto morador da cidade, alguém com grandes poderes e extremamente importante na luta do Mal contra o Bem.



"Tipo o X-Men?" "Sim, inclusive, temos alguém que está na cadeira de rodas"...



É claro que temos a desculpa do Apocalipse para a ampliação dos poderes do menino somente nessa época, mas, trata-se de um detalhe bem resolvido pelo roteiro , inclusive, até encontra um meio de relacionar a história com a atitude errada de Sam na quebra do último selo.


Embora descartável para a temporada, "I Believe the Children are our Future" é um episódio divertido, com uma conclusão que difere do que já foi mostrado na série, com um tom abrupto e um tema interessante que pode voltar a ser trabalhado futuramente.

Era esperado que o ritmo intenso da série caísse ao longo da temporada, e foi exatamente o que aconteceu no quinto episódio. Apesar das brigas sérias dos irmãos, da relação tensa devido ao Apocalipse, seria difícil manter o foco no tema principal por tantos episódios tendo em vista que é uma tendência americana acreditar que as pessoas não consigam assistir a série em sua totalidade, o que obriga alguns "intervalos" entre o que realmente importa para a temporada. Assim, em "Fallen Idols", ocorre um retorno às origens de "Supernatural", com Sam e Dean indo atrás do "demônio da semana".

Neste, um super fã de James Dean adquire o carro em que o ator estava quando morreu – o tal do "Little Bastard" – mas acaba tendo uma morte violenta, com o rosto destruído sobre o painel. Acreditando se tratar de um "Christine", famosa obra de Stephen King, que deu origem a um filme -, os irmãos pesquisam a origem do mal até novas mortes acontecerem. A segunda vítima é um homem fanático por Abraham Lincoln, que acaba também morrendo do mesmo jeito que o ídolo, com uma bala na cabeça.

Investigando um Museu de Cera da cidade, Sam e Dean percebem que há um mal demoníaco no lugar, algo que vai além de uma simples vingança sobrenatural e precisam matar sua próxima aparição física, cortando a cabeça da criatura. Então, entra em cena a socialite fútil Paris Hilton, interpretando a si mesma, como a representação de um ídolo da atualidade.

"Não gosto de você. Nem sequer assisti "A Casa de Cera" – filme de terror com Paris Hilton e o ator Jared Padalecki.

Curiosamente, o que a vilâ diz é passível de ser refletido. Ela diz que antigamente as pessoas acreditavam em deuses, agora cultuam ídolos; antes oravam, agora lêem revistas de fofoca. Uma tendência real e que é apresentado na Bíblia como adoração a falsos ídolos. Realmente, a sociedade atual não percebe o quanto se afasta das religiões, enquanto venera coisas como "Hannah Montana", "High School Musical" e outras modinhas de época.

Enfim, um episódio simples, mas eficiente em sua mensagem que, de uma certa forma, fala sobre a proximidade do Apocalipse; sem esquecer de tentar resolver a discussão entre Sam e Dean sobre os acontecimentos do passado.


Sempre quando a situação está fora de controle e Dean precisa de alguns conselhos, o Anjo Zachariah surge para dar uma lição de moral, seja mostrando uma realidade alternativa ou um provável acontecimento no futuro (episódios Mystery Spot, In The Beginning, It's A Terrible Life). Ainda que não seja possível saber até que ponto ele pode manipular os eventos para conseguir seus fins.

No quarto episódio, intitulado "The End", Sam tenta se reconciliar com Dean, mas não consegue uma resposta positiva, mas, na mesma noite, Zachariah promove um passeio de Dean para cinco anos no futuro, quando o planeta foi devastado por um vírus chamado "Croatoan" – que transforma as pessoas em infectados ao estilo "Extermínio", comandadas por Lúcifer.

Dean caminha pelas ruas destruídas pelas batalhas até encontrar sua versão futura, uma pessoa que toma decisões severas para alcançar seus princípios. Do lado do Bem, está o ex-vidente Chuck, além de uma versão boêmia de Castiel, em mais uma brilhante interpretação do ator Misha Collins. ("Desculpem-me, garotas! Tenho uma reunião com o nosso destemido líder. Por que vocês não se lavam para a orgia?")

Embora assuma uma versão mais agressiva, Dean revela seu lado conquistador ao despertar o ciúmes de Reesa por Jane, dois novos nomes na série e que podem aparecer futuramente evidenciando a catástrofe iminente. É dele também o momento "prove que é você mesmo", quando ele acaba revelando um certo fetiche da juventude.

Não tão indispensável como os três primeiros episódios, este revela-se divertido e curioso, mesmo que a ideia de adiantar um confronto com Lúcifer no futuro só mostre o quanto os responsáveis pela série não terão a ousadia de provocar um possível combate entre os irmãos no final desta temporada. É esperar para ver.


"Free to Be You and Me" contém duas narrativas isoladas apresentando os novos rumos da vida de Sam e Dean separados oficialmente. Enquanto o primeiro torna-se um garçom e tenta se esquivar de seus problemas do passado, o outro continua sua caçada contra o Mal, em companhia de um novo parceiro, o Anjo Castiel.

Após a conversa final entre os irmãos no episódio anterior, cada um segue um caminho diferente. Sam se muda para Garber, Oklahoma, e arruma um emprego num bar; ao passo que Dean vai para Greeley, Pennsylvania, atrás de criaturas maléficas. Este já proporciona o primeiro momento hilário da temporada, quando, ao enfrentar um vampiro, ele o chama de "Twilight" antes de deferir o golpe fatal.

Sam tenta uma nova vida, mas logo passa a ser incomodado pela visão de sua falecida namorada, Jéssica, cujo destino trágico o colocou no caminho das caçadas. Inclusive, é ela quem diz para Sam que a sua morte já estava prevista, pois ela sabia que Sam já tinha uma queda pelo lado sombrio. Embora tente evitar falar do passado e até inicie uma paquera com uma bela garçonete, alguns acontecimentos apocalípticos fazem com que ele tenha que confrontar dois caçadores da região, intrigados pelas atitudes suspeitas de Sam.

No outro lado do tabuleiro, está Dean, que recebe a visita de Castiel e resolve ajudá-lo na busca por Deus. Para isso terão que encontrar o Arcanjo Rafael ("Você foi morto por um Anjo Tartaruga Ninja?"), que foi o responsável pela morte de Castiel na temporada passada. O encontro – mais um momento divinamente bem produzido pela série - trará uma revelação bombástica e pessimista sobre o paradeiro de Deus.

Ambas as sequências são interessantes para a série, que, desta vez, caminha para um destino trágico para um dos irmãos, nas palavras finais do episódio. Lembrando sempre que os produtores pretendem encerrar "Supernatural" nesta temporada!

Alternando momentos dramáticos e divertidos (como as aventuras de Cas e Dean na delegacia e depois num bar de strippers), e conduzidos por mais uma excelente música ("Simple Man", do Lynyrd Skynyrd) na introdução do episódio, "Free to Be You and Me" mantém o nível altíssimo da quinta temporada, apesar de que sabemos que nem sempre será possível permanecer assim.


Quando o Apocalipse começa a tomar forma em "Supernatural", o local dos confrontos, das profecias e dos acontecimentos bizarros é sempre nos Estados Unidos, para sorte (ou azar) dos irmãos Sam e Dean. Com isso, não é de se estranhar que os famosos Cavaleiros do Apocalipse resolvam agir em cidades pequenas e desconhecidas como River Pass, no Colorado, base de escolha da "Guerra" – talvez tenha ficado cansada de se estabelecer no Iraque ou nos Estádios de Futebol.

O segundo episódio da quinta temporada começa a todo vapor, com Castiel entrando em contato com os irmãos (via celular, pois os irmãos foram marcados pelos Selos Enoquianos, que os tornam invisíveis para os anjos) para pegar o amuleto da sorte de Dean (dado por Sam na terceira temporada) que, segundo o Anjo, é capaz de queimar-se diante de Deus, o que permitiria sua localização. Aliás, é o próprio Castiel que nos informa que o Todo Poderoso está na Terra (é óbvio que estará nos EUA) e que foi o responsável pelo salvamento dos irmãos na chegada de Lúcifer (aquela viagem de avião bizarra do episódio anterior) e também em sua ressurreição (algo que ele sabe fazer bem, diga-se de passagem).

Após esse encontro nos primeiros minutos, Sam e Dean são contactados pelo velho caçador Rufus, que está numa pequena cidade aparentemente dominada por demônios. Logo, eles estarão por lá e poderão rever a caçadora Ellen (e sua filha Jo), além de fazer o que mais gostam: enfrentar o Mal. Destaque para a trilha quando chegam à cidade (Spirit In The Sky), mais uma daquelas para ficar na memória.

Aqui ocorre o primeiro sinal evidente do Apocalipse, quando a cidade passa a servir de palco para uma violenta guerra entre os cidadãos (os normais VS os "demônios"), depois que uma Estrela Cadente atravessou o lugar e contaminou as águas. A presença do primeiro Cavaleiro do Apocalipse também é uma das grandes atrações do episódio – é interessante vê-lo em seu Mustang vermelho (tempos modernos não exigem cavalos) mexendo com sua aliança como forma de usar seus poderes.

Mais um excelente episódio da quinta temporada que, como a tradição, se encerra numa conversa franca entre os irmãos. A questão é: essa discussão é definitiva e a série terá um novo rumo ou apenas uma briga passageira, como outras que já aconteceram em "Supernatural"?

Supernatural está de volta! Após meses de ansiedade em busca de informações que possam sanar as principais dúvidas deixadas no começo do ano, os fãs puderam rever os irmãos Sam e Dean em ação no primeiro episódio da quinta temporada – Sympathy for the Devil. E não é que a espera valeu a pena?

No último encontro com a dupla de heróis, Sam havia feito exatamente o que era previsto pelos anjos e demônios: matou Lilith, quebrando o selo final – aquele que permitia o retorno de Lúcifer. Assim, num show de pirotecnia a temporada terminou com a volta triunfal do maior inimigo de Deus, enquanto os créditos surgiam na tela para desespero de todos que acompanhavam as aventuras sombrias de Supernatural.

Lúcifer voltou, mas, assim como todos os anjos, precisa de um receptáculo, um corpo para poder ocupar e liderar o Apocalipse. Sem forma, foi atrás de uma alma desesperada, um homem simples e desiludido com a vida chamado Nick, que perdera a família num violento confronto com um marginal. Para possuí-lo, Lúcifer deverá convencê-lo a ceder seu corpo e mente para ele, nem que para isso tenha que apelar para o sofrimento do rapaz, através de momentos aterrorizantes que inspiram os melhores filmes de terror: o ranger de um portão fantasma, ventania, o choro de um bebê que não nasceu, sangue escorrendo pelo berço e até a aparição de sua falecida esposa.

Enquanto isso, Sam e Dean aparecem num avião (!!!) e depois retornam à rotina de pesquisa para descobrir um meio de mandar o Anjo de volta para o inferno. Procuram o profeta que escrevia sobre o futuro da dupla em livros de "ficção" e descobrem que Castiel pode estar mesmo morto. Reencontram os anjos que ajudaram Lúcifer a retornar e até uma velha conhecida que deu muito trabalho no passado: a demônio Meg. Bobby também reaparece para momentos dramáticos, envolvendo o erro de Sam – considerado imperdoável para Dean – e um ato quase fatal que poderá mudar seu destino para sempre. E ainda sobra tempo para apresentar uma nova personagem – Becky –, uma superfã dos livros do profeta, que demonstra uma admiração exagerada por Sam e, provavelmente, deverá ser o alívio cômico da temporada.

Para a mitologia da série, há uma grande novidade: a única arma capaz de mandar Lúcifer para o inferno é a espada de Miguel, mas o anjo precisaria ocupar o corpo de Dean para enfrentar o Mal. Será que ele fará esse sacrifício pelo bem da humanidade?

"Supernatural" voltou realmente em grande estilo.

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