Algo ruim chegou à cidade. Um casal morre tragicamente - um se alimentando do outro -; depois ocorre o suicídio duplo de namorados numa empresa...um trabalho intrigante para os Detetives Cliff e Marley, que, logo, entram em contato com Castiel quando observam que nos corações encontrados há símbolos enoquianos (escritas de anjos). A primeira pista indica que o Cupido - um querubim que une casais - pode estar agindo errado. Na presença de um deles - um gordinho pelado (você esperava o quê?) e extremamente emotivo -, a possibilidade é deixada de lado. Novas vítimas surgem, como o homem que se suicidou depois de ultrapassar os limites que o seu anel estomacal permitia, enchendo a pança de bolo, ao passo que Castiel demonstra uma fome exacerbada por fast food.

Sim, trata-se de mais um Cavaleiro que chegou à cidade: Fome! Na aparência de um idoso numa cadeira de rodas, cercado por demônios, Fome é retratada de forma interessante pela série Supernatural, já que ela causa um apetite assustador nos cidadãos com a intenção de se alimentar das almas daqueles que não estão resistindo aos seus impulsos. Mas, não trata-se apenas de fome por comida, mas drogas, sexo, vícios, jogos, tudo aquilo que leva uma pessoa ao seu limite.

E o roteiro inteligente vai além, quando a Fome desperta em Sam a velha vontade de se alimentar de sangue de demônio - algo que a Guerra já havia tentado sem êxito. E também é brilhante o posicionamento do Cavaleiro num restaurante onde lê-se a mensagem "tudo o que você quiser comer", algo assim.

Além de todas essas ideias bem trabalhadas, há a descoberta de que algo está diferente em Dean, depois da conversa que teve com Miguel no episódio anterior. Segundo a Fome, ele está "morto por dentro", "vazio", como se já tivesse perdido a alma, desistido de lutar, aceitado seu destino. Isso leva o rapaz há uma cena final chocante, que talvez o aproxime da busca maior da temporada: Deus!

"My Bloody Valentine" superou todas as expectativas! É para ver e refletir a respeito!


No terceiro episódio da quarta temporada, "In the Beginning", Castiel mandou Dean para 1973 para ajudar seus pais a não terem problemas com o demônio dos olhos amarelos. Bom, na verdade, o anjo apenas havia pedido para que ele parasse alguém - já que naquela época Castiel adorava usar metáforas e explicar pouco, um fato que foi mudando com o decorrer dos episódios.
Já no décimo terceiro da quinta temporada, temos um retorno ao passado. Lembra daquela garota que descobriu que era um anjo na temporada anterior, a tal Anna? Ela aparece nos sonhos de Dean e quer marcar um encontro, mas Castiel vai ao local pois sabe que a garota saiu de sua prisão celestial para cumprir a missão de matar Sam. Ora, se Sam pode vir a ser o corpo de Lúcifer, era só matá-lo que o problema seria resolvido, certo? Por que Castiel não pensou nisso antes, se ele já foi capaz de quase matar um garoto para evitar que ele se torne aliado do mal há alguns episódios...?

No entanto, o anjo acaba fazendo uma revelação pouco nobre para seus atos de guerreiro: Sam não pode morrer, pois ele é seu amigo. Soa bonito, mas artificial pelos propósitos de uma luta maior, não é? E é interessante também mostrar um episódio exatamente contrário ao anterior: em "Swap Meat", os demônios queriam matar Dean; aqui, os anjos querem matar Sam.
 
Anna (Julie McNiven) então volta ao passado para matar os pais dos irmãos e, assim, evitaria o nascimento de Sam. Castiel envia os dois para o ano de 1978, quando Mary Winchester (interpretada novamente pela talentosa Amy Gumenick) iria ficar grávida de Dean para assassinar o casal e evitar a guerra no futuro. Qualquer semelhança com "Exterminador do Futuro" é mera coincidência...

Novamente, Mary é uma espécie de Buffy, enfrentando o mal às escondidas, enquanto John segue sua vida comum como um homem apaixonado. Sam e Dean aparecem, ocorrem aquelas típicas descrenças e mentiras, até que ambos revelam para Mary que são filhos dela, que ela irá morrer alguns anos depois, sobre a existência de anjos e tudo mais. Enquanto Anna prepara suas armas para matá-los, surge o anjo Miguel e até o falecido Uriel, para complicar ainda mais a aventura dos rapazes, e apontar o inevitável: eles terão mesmo que dizer "sim", o confronto não poderá ser evitado!

"The Song Remains the Same" é um ótimo episódio, o melhor da segunda metade da temporada. Divertido, emocionante e cheio de boas revelações - um prato cheio para os fãs de "Supernatural"!


Diferente das primeiras temporadas, quando os irmãos aparentavam ser indestrutíveis, nota-se nos episódios recentes que muitos problemas que acontecem estão além da capacidade de Sam e Dean de enfrentá-los. Pior ainda se percebe, quando o mal se revela como um grupo de adolescentes com mania de bruxaria, capazes de causar uma bela dor de cabeça nos heróis.
"Swap Meat" começa com um inseguro "Sam" num bar comprando uma bebida, enquanto é flertado por uma mulher. Ao contrário de seu comportamento mais sério e reservado, ele aceita o convite de sair com a moça, quando a imagem do espelho surpreende ao mostrar que, na verdade, aquele não é Sam, mas um adolescente comum. O tempo retorna 36 horas para que o público entenda como tudo aquilo aconteceu: depois de uma breve refeição num restaurante, Sam é sequestrado pelo atendente do recinto e acorda com outro corpo. Enquanto o verdadeiro Sam surge como um gênio numa família tradicional, o falso "Sam" - chamado Gary - está com Dean na busca de um espírito que está assombrando a casa de conhecidos.

Com o decorrer das ações, Sam descobre que Gary é um jovem que entende de magia negra e que, juntamente com outros dois, fez um acordo com um demônio, prometendo matar Dean em troca de conseguir uma recompensa. Obviamente que se trata de um demônio querendo evitar que Dean seja o receptáculo de Miguel na luta contra Lúcifer, mas os garotos não imaginam em qual enrascada estão se metendo.

Como o filme "Sexta-Feira Muito Louca" (e muitos outros), várias ideias são aproveitadas de situações cotidianas, como o fato do novo Sam gostar de música no carro, enquanto o novo Gary encontra dificuldades para se adaptar as tradições da família, não podendo comer alimentos com glúten. Os três novos atores mandam bem em suas interpretações, com destaque para Sarah Drew como Nora. Notem o quanto ela muda sua atuação quando se torna possuída pelo demônio.

Por outro lado, o episódio contém um momento ousado e falho quando, após a morte de um dos adolescentes, os demais personagens parecem nem se abalar pelo final trágico.
Um bom episódio! Mas, espera-se que os próximos não se afastem muito do tema central, para não cansar o telespectador que aguarda novidades sobre os anjos e demônios da série.


Depois do excelente décimo episódio - "Abandon All Hope" -, seria difícil a temporada manter o foco no tema central, tendo ainda muito pela frente. No entanto, os fãs se perguntavam: após os acontecimentos trágicos do episódio anterior, como os irmãos voltarão à rotina, sem a menor esperança de vencer a batalha final? Seria uma loucura dos responsáveis uma mudança tão radical na condução da temporada?

Sendo assim, o episódio "Sam, Interrupted" trata exatamente disso: a loucura. Um antigo amigo de Sam e Dean, o caçador Martin, está internado num hospital psiquiátrico. Louco ou não, ele convoca os irmãos para um combate contra um mal poderoso que anda se alimentando das mentes dos internos, matando-os e fazendo parecer suicídio.
O primeiro passo é conseguir duas vagas na instituição, mas torna-se uma missão fácil quando os irmãos resolvem contar para o diretor a verdade de suas aventuras inacreditáveis. Uma vez dentro, enquanto tentam descobrir qual é o vilão, Sam e Dean acabam descobrindo que ele é muito mais esperto do que imaginavam com seu dom de despertar a loucura em suas vítimas - o que, obviamente, acabará acontecendo com os heróis - ao passo que consegue disfarçar sua identidade, gerando vários possiveis suspeitos.

Assim, Sam e Dean se tornam vítimas do mal e são obrigados a confrontar suas próprias ilusões, seu próprio inconsciente: um inimigo extremamente perigoso e poderoso, já que revela verdades escondidas. Nessa aventura, Sam descobre que esconde uma raiva incontrolável, e que isso pode ser uma ferramenta útil para Lúcifer conseguir o seu "sim".

Divertido e insano, light e descartável, bem distante de figurar entre os melhores da temporada. Mas, ainda vale uma conferida!

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