Um dos filmes mais marcantes do "Cine Trash" foi, sem dúvida, "Shakma: A Fúria Assassina", aquela produção envolvendo um babuíno assassino solto num prédio de pesquisas, atacando um grupo de jogadores de RPG. Como eu costumava gravar os filmes da sessão, pois morava com minha avò e não podia ver nada de terror na presença dela, lembro muito bem da primeira cena em que tive contato com o longa: sob o ponto de vista da criatura, vemos sua boca sangrando e uma jovem desesperada ao fundo.
E havia um outro motivo pelo qual tive interesse em conferir essa pérola: RPG. Nessa época, eu fazia parte de um grupo de amigos que marcava reuniões para essa brincadeira live-action. Jogávamos "Gurps" dos mais variados gêneros, cada vez na casa de um colega, criando personagens bizarros em aventuras divertidas. Por desavenças, acabei me afastando da brincadeira, mas resgatei o espírito quando trabalhei como "mestre" do jogo "Hero Quest", na "Brinquedos Estrela".
"Shakma" ainda possui outros méritos que melhoram a sua avaliação e o afastam do rótulo "trash". O sempre bom e carismático Roddy McDowel está lá, numa participação especial como "mestre" do grupo que tem o destino de salvar uma princesa, resolvendo pequenos desafios e enigmas. Aliás, curiosamente, esse filme também inspirou o desenvolvimento da brincadeira que criei para o "Agita Galera" na escola em que leciono: "Caça ao Tesouro" (os alunos vão de sala em sala, resolvendo charadas, coletando pistas, para chegar a um ponto X, num mapa).
Filmes com animais raivosos têm aos montes. "Shakma" se diferencia pela produção acertada, pela história interessante, e, principalmente, pela capacidade de nos convencer da presença de um babuíno feroz Babuínos já não costumam ser animais dóceis, imagine então como se comportaria uma criatura que tivesse sido operada para desestimular sua raiva, mas teve o resultado inverso?
Facilmente encontrado para download na internet (e até legendado), vale a pena revê-lo em seu formato integral, sem a mutilação sofrida na exibição pela Band. Trata-se de um filme divertido e bem feitinho, melhor do que muita tranqueira que foi feita depois.
Clique aqui para ler o artigo de Felipe M.Guerra sobre o filme.
Este post faz parte uma série proposta neste tópico.
5
Necronomicon:
Posta estes textos como críticas na Boca do Inferno. As várias viúvas do Cine Trash irão adorar! Eu já confesso que não ia com a cara do Cine Trash: só exibia filmes mutilados, num desrespeito enorme com os fãs do gênero. Muita gente que hoje fica falando maravilhas do programa, dizendo que teve sua "iniciação" graças ao Cine Trash, na verdade não chegou a perder o cabaço (hehehe), por não ter visto os filmes na íntegra - já que sexo e sangue eram cortados impiedosamente para assegurar a exibição naquele horário da tarde. Enfim, a mim não deixa saudade, ainda mais quando é tão fácil, hoje, obter todos estes filmes em versões sem cortes via internet.
Olha, eu gostava da sessão, como eu disse no post inicial, porque, apesar de mais mutilada do que um ataque do "Shakma", era sempre interessante ver filmes de terror na TV aberta e conversar com os colegas na escola.
Quero ver até onde chego nessa caça às pérolas dessa sessão...
Na verdade, Felipe, não há nada de errado em o Cine Trash fazer vários cortes de filmes, levando em conta a putaria que é recorrente e a violência(que é inerente ao gênero dos filmes), visto que a sessão se passava à tarde, só indo pra noite acho que tempos depois. Mas o Cine Trash que me ensinou a gostar dos filmes, por bem ou por mal. Abraço!
Adoro esse filme e sempre tive dificuldade de encontrar pra comprar ou baixar. Deve ser porque sou meio tapado com esse lance de baixar filmes. Adorei a crítica, ficou sensacional!
Vou aparecer mais por aqui... eu tava meio por fora, mas vou me integrar e quem sabe tentar escrever algo pro Boca.
E lembre-se: CNPJ já! hauahuahauahu Vou atormentar até te ver rico!
Posta estes textos como críticas na Boca do Inferno. As várias viúvas do Cine Trash irão adorar! Eu já confesso que não ia com a cara do Cine Trash: só exibia filmes mutilados, num desrespeito enorme com os fãs do gênero. Muita gente que hoje fica falando maravilhas do programa, dizendo que teve sua "iniciação" graças ao Cine Trash, na verdade não chegou a perder o cabaço (hehehe), por não ter visto os filmes na íntegra - já que sexo e sangue eram cortados impiedosamente para assegurar a exibição naquele horário da tarde. Enfim, a mim não deixa saudade, ainda mais quando é tão fácil, hoje, obter todos estes filmes em versões sem cortes via internet.
Felipe M. Guerra disse...
27 de fevereiro de 2009 às 09:31
Olha, eu gostava da sessão, como eu disse no post inicial, porque, apesar de mais mutilada do que um ataque do "Shakma", era sempre interessante ver filmes de terror na TV aberta e conversar com os colegas na escola.
Quero ver até onde chego nessa caça às pérolas dessa sessão...
Marcelo Milici disse...
27 de fevereiro de 2009 às 11:59
O melhor filme exibido no Cine Trash. Posso me arriscar a dizer, o único que prestou.
Impossível imaginar como conseguiram usar um animal real num ataque daqueles sem machucar o ator, naquela época.
Está na minha lista dos melhores!
Tiago Toy disse...
2 de maio de 2009 às 13:29
Na verdade, Felipe, não há nada de errado em o Cine Trash fazer vários cortes de filmes, levando em conta a putaria que é recorrente e a violência(que é inerente ao gênero dos filmes), visto que a sessão se passava à tarde, só indo pra noite acho que tempos depois. Mas o Cine Trash que me ensinou a gostar dos filmes, por bem ou por mal. Abraço!
Leon disse...
17 de junho de 2009 às 21:45
Adoro esse filme e sempre tive dificuldade de encontrar pra comprar ou baixar.
Deve ser porque sou meio tapado com esse lance de baixar filmes.
Adorei a crítica, ficou sensacional!
Vou aparecer mais por aqui... eu tava meio por fora, mas vou me integrar e quem sabe tentar escrever algo pro Boca.
E lembre-se: CNPJ já! hauahuahauahu Vou atormentar até te ver rico!
Raphael Fernandes disse...
29 de junho de 2009 às 12:07