"Submundo Sangrento" e "Reel Zombies"
Escrito a sangue por Marcelo Milici às quinta-feira, novembro 12, 2009
No dia 12, fui ver dois filmes na Biblioteca: o documentário brasileiro realizado por estudantes de audiovisual de São Paulo intitulado "Submundo Sangrento" e o terror com zumbis em formato de falso documentário, "Reel Zombies" - ambas produções recomendadíssimas.
No caso de "Submundo Sangrento", temos diversos depoimentos e trechos de cineastas que contribuem para o terror underground nacional, em sua tentativa desesperada de buscar patrocínio e apoio. Fernando Rick, Rodrigo Aragão, Dennison Ramalho, entre outros, como o pessoal responsável pelo excelente "Cine Horror". Cenas de tosqueiras divertidas como "Feto Morto" e até "Mangue Negro" rechearam a produção de dez minutos, bem dirigida e editada. Parabéns às meninas pela ousadia e pelo talento demonstrados.
Depois teve início o falso documentário "Reel Zombies", mostrando uma equipe de produção de filme de terror, querendo realizar um longa de zumbis reais num mundo apocalíptico. Acostumados a fazer produções de ficção como "Zombie´s Night 1 e 2", o grupo mostra passo-a-passo o processo de desenvolvimento de um filme real com mortos-vivos, desde a seleção de atores, ensaios, reuniões de criação, testemunhos...Em seus 97 minutos, acompanhamos com bom-humor a escalação e treinamento de zumbis "reais", enquanto pequenos acidentes acabam transformando o filme num documentário de despedida da equipe, em ataques isolados de mortos.
É difícil dizer quem copiou quem: George A. Romero, em 2007, lançou o seu "Diário dos Mortos", nuam produção caprichada e interessante, apesar de inferior a filmografia do cineasta; já "Reel Zombies" é de 2008, mas segue uma linha diferente de realização ao mostrar a versão final do documentário e não uma cãmera na mão de um grupo que luta para sobreviver ao ataque das criaturas. De todo modo, ainda prefiro o do Romero, mais movimentado e bem feitinho.
"Reel Zombies" perde um pouco do seu impacto ao trabalhar com o humor; mas, resgata a atenção pela presença ilustre de Lloyd Kaufman, da Troma, em um dos momentos mais divertidos do filme. E também vale pela edição esperta que não permite que o documentário se torne extremamente arrastado.
Enfim, uma tarde de terror de primeira, prestigiando um festival que esperamos que retorne como um zumbi todo ano!
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 Necronomicon:
Postar um comentário