Supernatural 5x07: "The Curious Case of Dean Winchester"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às segunda-feira, dezembro 21, 2009O sétimo episódio da quinta temporada, com o título que remete ao ganhador do Oscar "O Curioso Caso de Benjamin Button", talvez seja o mais "offtopic" de toda a série – tanto que não temos no começo um flashback que atualize os fãs com o que será importante nessa aventura. Aliás, o único fato que o mantém relacionado aos episódios anteriores é Bobby estar na cadeira de rodas, já que os próprios irmãos nem sequer agem como de costume, tentando vencer o Mal à risca.
Aqui o vilão da vez é um bruxo, Patrick, que usa seus dons de magia em competições de Pôquer, fazendo apostas em troca de anos de vida. Depois que Bobby tenta recuperar sem sucesso uma idade que dê vida às suas pernas, Dean se vê obrigado a apostar, mas também não obtém êxito, ganhando 25 anos a mais.
Então o ator Jared dá lugar a Chad Everett (que fez "Maverick", por isso sua participação no episódio), um senhor que, apesar de carismático, quase não faz o público se lembrar de Dean – um dos maiores problemas do episódio. Quando vimos um Dean criança ou adolescente, era inevitável a semelhança física e gestual dos jovens atores – bem diferente do que acontece aqui. Podiam simplesmente ter envelhecido o ator, talvez fosse mais apropriado.
O humor de costume é trocado por velhas piadas envolvendo dores, doenças e comparações com atores velhos – como a velha do Titanic -, porém sem o efeito desejado.
Além do mais, a ação costumeira da série é substituída por uma tensão artificial numa mesa de um ambiente estático, o que chega a ser decepcionante para uma série como "Supernatural". E se não já não bastassem esses problemas, é chato ver os rapazes impotentes num episódio, tendo que ganhar na sorte contra um mal com poderes sobrenaturais. Será que na velha agenda do pai não havia uma orientação simples do modo como agir para evitar que Patrick continue envelhecendo pessoas? E ainda dependeram da sorte da namorada do bruxo se sentir arrependida dos anos adquiridos...
O episódio mais fraco da temporada, com história de Jenny Klein, em sua primeira (e espero última) contribuição para a série.
Supernatural 5x06: "I Believe the Children are our Future"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às segunda-feira, dezembro 21, 2009Nos filmes de terror, na literatura, e até mesmo nas religiões, é informado que o Anticristo é o filho do demônio (Lúcifer, Satã, etc), aquele que virá com o fim dos tempos para dar início ao Apocalipse. Pela semântica já se entende que é exatamente o oposto de Cristo, por isso é costume a imagem da Cruz invertida, do número 666 e de outros sinais tradicionais referentes a ele.
Já na mitologia de "Supernatural", a liberdade de criação permite aos autores reinventar esse conceito, transformando-o em apenas um filho de um demônio, nascido de uma mulher virgem. Ainda assim, com poderes absurdos, capazes até de se tornar um importante aliado do Mal na busca pelo "inferno na Terra".
Com essa bagagem interessante, o sexto episódio traz os irmãos Sam eDean numa intrigante situação, quando começam a encarar fatos estranhos em Alliance, Nebraska. Enquanto assistia "Cujo" pela TV, a babá Amber Grier acaba se tornando vítima de uma morte baseada na crença infantil de que o pó de mico pode fazer a pessoa coçar a cabeça até alcançar o cérebro. Depois que outras mortes absurdas ocorrem na região (campainha que queima até a morte; a fada dos dentes; doce e refrigerante..), os agentes Page e Plant – de volta à ativa – relacionam os fatos à presença de um sinistro garoto morador da cidade, alguém com grandes poderes e extremamente importante na luta do Mal contra o Bem.
"Tipo o X-Men?" "Sim, inclusive, temos alguém que está na cadeira de rodas"...
É claro que temos a desculpa do Apocalipse para a ampliação dos poderes do menino somente nessa época, mas, trata-se de um detalhe bem resolvido pelo roteiro , inclusive, até encontra um meio de relacionar a história com a atitude errada de Sam na quebra do último selo.
Embora descartável para a temporada, "I Believe the Children are our Future" é um episódio divertido, com uma conclusão que difere do que já foi mostrado na série, com um tom abrupto e um tema interessante que pode voltar a ser trabalhado futuramente.
Supernatural 5x05: "Fallen Idols"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às segunda-feira, dezembro 21, 2009Neste, um super fã de James Dean adquire o carro em que o ator estava quando morreu – o tal do "Little Bastard" – mas acaba tendo uma morte violenta, com o rosto destruído sobre o painel. Acreditando se tratar de um "Christine", famosa obra de Stephen King, que deu origem a um filme -, os irmãos pesquisam a origem do mal até novas mortes acontecerem. A segunda vítima é um homem fanático por Abraham Lincoln, que acaba também morrendo do mesmo jeito que o ídolo, com uma bala na cabeça.
Investigando um Museu de Cera da cidade, Sam e Dean percebem que há um mal demoníaco no lugar, algo que vai além de uma simples vingança sobrenatural e precisam matar sua próxima aparição física, cortando a cabeça da criatura. Então, entra em cena a socialite fútil Paris Hilton, interpretando a si mesma, como a representação de um ídolo da atualidade.
"Não gosto de você. Nem sequer assisti "A Casa de Cera" – filme de terror com Paris Hilton e o ator Jared Padalecki.
Curiosamente, o que a vilâ diz é passível de ser refletido. Ela diz que antigamente as pessoas acreditavam em deuses, agora cultuam ídolos; antes oravam, agora lêem revistas de fofoca. Uma tendência real e que é apresentado na Bíblia como adoração a falsos ídolos. Realmente, a sociedade atual não percebe o quanto se afasta das religiões, enquanto venera coisas como "Hannah Montana", "High School Musical" e outras modinhas de época.
Enfim, um episódio simples, mas eficiente em sua mensagem que, de uma certa forma, fala sobre a proximidade do Apocalipse; sem esquecer de tentar resolver a discussão entre Sam e Dean sobre os acontecimentos do passado.
Supernatural 5x04: "The End"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às sábado, dezembro 19, 2009Sempre quando a situação está fora de controle e Dean precisa de alguns conselhos, o Anjo Zachariah surge para dar uma lição de moral, seja mostrando uma realidade alternativa ou um provável acontecimento no futuro (episódios Mystery Spot, In The Beginning, It's A Terrible Life). Ainda que não seja possível saber até que ponto ele pode manipular os eventos para conseguir seus fins.
No quarto episódio, intitulado "The End", Sam tenta se reconciliar com Dean, mas não consegue uma resposta positiva, mas, na mesma noite, Zachariah promove um passeio de Dean para cinco anos no futuro, quando o planeta foi devastado por um vírus chamado "Croatoan" – que transforma as pessoas em infectados ao estilo "Extermínio", comandadas por Lúcifer.
Dean caminha pelas ruas destruídas pelas batalhas até encontrar sua versão futura, uma pessoa que toma decisões severas para alcançar seus princípios. Do lado do Bem, está o ex-vidente Chuck, além de uma versão boêmia de Castiel, em mais uma brilhante interpretação do ator Misha Collins. ("Desculpem-me, garotas! Tenho uma reunião com o nosso destemido líder. Por que vocês não se lavam para a orgia?")
Embora assuma uma versão mais agressiva, Dean revela seu lado conquistador ao despertar o ciúmes de Reesa por Jane, dois novos nomes na série e que podem aparecer futuramente evidenciando a catástrofe iminente. É dele também o momento "prove que é você mesmo", quando ele acaba revelando um certo fetiche da juventude.
Não tão indispensável como os três primeiros episódios, este revela-se divertido e curioso, mesmo que a ideia de adiantar um confronto com Lúcifer no futuro só mostre o quanto os responsáveis pela série não terão a ousadia de provocar um possível combate entre os irmãos no final desta temporada. É esperar para ver.
Supernatural 5x03: "Free to Be You and Me"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às sábado, dezembro 19, 2009"Free to Be You and Me" contém duas narrativas isoladas apresentando os novos rumos da vida de Sam e Dean separados oficialmente. Enquanto o primeiro torna-se um garçom e tenta se esquivar de seus problemas do passado, o outro continua sua caçada contra o Mal, em companhia de um novo parceiro, o Anjo Castiel.
Após a conversa final entre os irmãos no episódio anterior, cada um segue um caminho diferente. Sam se muda para Garber, Oklahoma, e arruma um emprego num bar; ao passo que Dean vai para Greeley, Pennsylvania, atrás de criaturas maléficas. Este já proporciona o primeiro momento hilário da temporada, quando, ao enfrentar um vampiro, ele o chama de "Twilight" antes de deferir o golpe fatal.
Sam tenta uma nova vida, mas logo passa a ser incomodado pela visão de sua falecida namorada, Jéssica, cujo destino trágico o colocou no caminho das caçadas. Inclusive, é ela quem diz para Sam que a sua morte já estava prevista, pois ela sabia que Sam já tinha uma queda pelo lado sombrio. Embora tente evitar falar do passado e até inicie uma paquera com uma bela garçonete, alguns acontecimentos apocalípticos fazem com que ele tenha que confrontar dois caçadores da região, intrigados pelas atitudes suspeitas de Sam.
No outro lado do tabuleiro, está Dean, que recebe a visita de Castiel e resolve ajudá-lo na busca por Deus. Para isso terão que encontrar o Arcanjo Rafael ("Você foi morto por um Anjo Tartaruga Ninja?"), que foi o responsável pela morte de Castiel na temporada passada. O encontro – mais um momento divinamente bem produzido pela série - trará uma revelação bombástica e pessimista sobre o paradeiro de Deus.
Ambas as sequências são interessantes para a série, que, desta vez, caminha para um destino trágico para um dos irmãos, nas palavras finais do episódio. Lembrando sempre que os produtores pretendem encerrar "Supernatural" nesta temporada!
Alternando momentos dramáticos e divertidos (como as aventuras de Cas e Dean na delegacia e depois num bar de strippers), e conduzidos por mais uma excelente música ("Simple Man", do Lynyrd Skynyrd) na introdução do episódio, "Free to Be You and Me" mantém o nível altíssimo da quinta temporada, apesar de que sabemos que nem sempre será possível permanecer assim.
Supernatural 5x02: "Good God, Y'All"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às sexta-feira, dezembro 18, 2009Quando o Apocalipse começa a tomar forma em "Supernatural", o local dos confrontos, das profecias e dos acontecimentos bizarros é sempre nos Estados Unidos, para sorte (ou azar) dos irmãos Sam e Dean. Com isso, não é de se estranhar que os famosos Cavaleiros do Apocalipse resolvam agir em cidades pequenas e desconhecidas como River Pass, no Colorado, base de escolha da "Guerra" – talvez tenha ficado cansada de se estabelecer no Iraque ou nos Estádios de Futebol.
O segundo episódio da quinta temporada começa a todo vapor, com Castiel entrando em contato com os irmãos (via celular, pois os irmãos foram marcados pelos Selos Enoquianos, que os tornam invisíveis para os anjos) para pegar o amuleto da sorte de Dean (dado por Sam na terceira temporada) que, segundo o Anjo, é capaz de queimar-se diante de Deus, o que permitiria sua localização. Aliás, é o próprio Castiel que nos informa que o Todo Poderoso está na Terra (é óbvio que estará nos EUA) e que foi o responsável pelo salvamento dos irmãos na chegada de Lúcifer (aquela viagem de avião bizarra do episódio anterior) e também em sua ressurreição (algo que ele sabe fazer bem, diga-se de passagem).
Após esse encontro nos primeiros minutos, Sam e Dean são contactados pelo velho caçador Rufus, que está numa pequena cidade aparentemente dominada por demônios. Logo, eles estarão por lá e poderão rever a caçadora Ellen (e sua filha Jo), além de fazer o que mais gostam: enfrentar o Mal. Destaque para a trilha quando chegam à cidade (Spirit In The Sky), mais uma daquelas para ficar na memória.
Aqui ocorre o primeiro sinal evidente do Apocalipse, quando a cidade passa a servir de palco para uma violenta guerra entre os cidadãos (os normais VS os "demônios"), depois que uma Estrela Cadente atravessou o lugar e contaminou as águas. A presença do primeiro Cavaleiro do Apocalipse também é uma das grandes atrações do episódio – é interessante vê-lo em seu Mustang vermelho (tempos modernos não exigem cavalos) mexendo com sua aliança como forma de usar seus poderes.
Mais um excelente episódio da quinta temporada que, como a tradição, se encerra numa conversa franca entre os irmãos. A questão é: essa discussão é definitiva e a série terá um novo rumo ou apenas uma briga passageira, como outras que já aconteceram em "Supernatural"?
Supernatural 5x01: "Sympathy for the Devil"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às sexta-feira, dezembro 18, 2009No último encontro com a dupla de heróis, Sam havia feito exatamente o que era previsto pelos anjos e demônios: matou Lilith, quebrando o selo final – aquele que permitia o retorno de Lúcifer. Assim, num show de pirotecnia a temporada terminou com a volta triunfal do maior inimigo de Deus, enquanto os créditos surgiam na tela para desespero de todos que acompanhavam as aventuras sombrias de Supernatural.
[CineFantasy] "The Hideout"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às domingo, novembro 15, 2009Trata-se de "Il nascondiglio", exibido com o título em inglês "The Hideout" (O Esconderijo) - produção italoamericana, lançada em 2007, dirigida e roteirizada por Pupi Avati (que fez aquele filme de zumbis legais, o tal do "Zeder") com adaptação de Francesco Marcucci. Apesar de ser mais italiano do que da terra do Tio Sam - inclusive com uma atriz italiana como protagonista, Laura Morante -, o filme é falado em inglês e tem atores americanos como Treat Williams e Burt Young (sim, aquele da franquia "Rocky") e ingleses, como Rita Tushingham e Tom Rottger-Morgan. Infelizmente, o longa foi exibido sem legendas no festival, o que afastou alguns fãs do gênero que pretendiam acompanhá-lo.
No enrendo, após uma introdução num convento, com o desespero de algumas freiras quanto ao comportamento de duas jovens, o filme salta 50 anos, e acompanhamos a bela Lei, que acaba de sair de uma instituição mental, onde ficara para se recuperar do suicídio do marido. Com grandes pretensões como abrir um próprio restaurante, a mulher acaba alugando o casarão (o tal convento do início do filme), enquanto se organiza para seus novos propósitos. No entanto, ao passar a primeira noite no local, ela já percebe que a casa pode não estar tão vazia quanto ela imaginava.
Atormentada por assustadores cochichos - que mesclam o infantil com o sombrio (lembra do Smeagol?) - Lei não sabe se aquilo se trata de reflexos de sua passagem na instituição mental, onde ela dizia ouvir vozes, ou se há pessoas morando no ambiente. E a cada investigação e descoberta, ela percebe que pode estar mexendo com um passado que muita gente que enterrar, ao passo que a realidade aterrorizante vem aos poucos à tona. "Encontram três corpos, duas pessoas desapareceram; não havia pegadas na neve que indicassem que alguém saiu da casa após os crimes".
Para aproveitar ao máximo o seu conteúdo, o ideal seria não saber nada a respeito do filme; esperar que as surpresas saltem aos seus olhos, acompanhando a belíssima trilha e fotografia escura; além do clima de produção antiga de terror, com neblinas artificiais e rangidos de madeira.
É triste saber que muitos infernautas não terão acesso ao filme, caso alguma distribuidora não arrisque seu lançamento por aqui. Assim, fica a dica para que alguma empresa nacional lance a produção por aqui; ou algum blog de download legende-o para os fãs do gênero. Vejam o trailer e digam se não vale a pena:
"Submundo Sangrento" e "Reel Zombies"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quinta-feira, novembro 12, 2009"Macabro", na Mostra Internacional
1 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quinta-feira, novembro 12, 2009Dominion: Prequel to the Exorcist
3 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quarta-feira, outubro 21, 2009Assisti ontem à versão original do filme "Exorcista: O Início", chamada de "Dominion: Prequel to the Exorcist", que está sendo exibida no canal "Space TV". Aliás, dia 30 de outubro, às 22 horas, o canal está prometendo passar as duas versões seguidas.
Bom, realmente não é um filme comercial. Não tem monstros, vômitos, cabeça girando, menina possuída. No entanto, a história é bem melhor do que a outra versão, carregada no horror psicológico, mostrando o primeiro encontro de Lankester Merrin com o demônio.
Depois de ser testemunha de um massacre que ele mesmo escolheu as vítimas, Merrin perde a fé, abandona a batina e se especializa em apenas fazer escavações arqueológicas. Numa destas, encontra uma igreja enterrada que fica sobre um templo de adoração a uma espécie de criatura alada. Ao mesmo tempo em que a Igreja vai sendo desenterrada, surge uma estranha figura na região, um rapaz com deficiência física, Cheche, que os fãs do clássico irão reconhecer como a figura sinistra que aparece nas sombras do quarto de Reagan.
Este tem uma referência maior ao original, quando um militar, antes de se matar, diz algo como "Dê um recado ao Merrin, quando a situação perder o controle, esta é a única saída". Algo que o padre Damien faria anos mais tarde para salvar a menina possuída - talvez como explicação para o espectador dos atos do padre ou algo que ele tenha aprendido com o mais velho.
É melhor, mas está longe de ser um filme bom. A sequência final, o tal duelo, é fraca e sem grande impacto. O longa é arrastado (o clássico também era, lembram-se?), centrando mais nos diálogos do que no terror, apesar de você sentir a presença do mal a todo momento. Os efeitos não são perfeitos pois parece que o filme não chegou a ter a pós-produção finalizada.
De todo modo, vale a pena conferir, já que o filme não foi lançado em DVD no Brasil.
Série Já Vi Esse Filme #5: Episódio de Hoje: "E.T." - "ET encontrado no Panamá"?
1 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às terça-feira, setembro 22, 2009Série Já Vi Esse Filme #4: Episódio de Hoje: "Psicose": "Homem fingia ser a mãe morta para ganhar pensão"
Série Já Vi Esse Filme #3. Episódio de Hoje: "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu": "Após morte de piloto durante o voo, avião pousa em segurança"
Série Já Vi Esse Filme #2: Episódio de Hoje: "Premonição" - "Mulher que perdeu vôo AF 447 morre em acidente na Áustria"
Série "Já Vi Esse Filme". Episódio de Hoje: "Serpentes a Bordo": "Quatro cobras escapam da caixa dentro de avião na Austrália."
Camiseta Boca do Inferno V.2.0
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às domingo, agosto 23, 2009Agora, que muitos infernautas pelo país vestiram a camiseta Boca do Inferno, achamos que seria a hora de fazermos uma nova, mas com algum desenho interessante e principalmente EXCLUSIVO.
Como aquele famoso desenho dos "Classic Monsters" foi um sucesso tremendo, com infernautas até hoje querendo usá-lo em seus sites e avatares, tentando desvendar as criaturas escondidas naquele infernal encontro, nada mais justo que a camiseta Boca do Inferno Versão 2 relembrasse essas criaturas.
Assim, pedimos para o colaborador de arte do Boca do Inferno, Walter Junior, que marca presença nas HQs da Revista Boca do Inferno, um novo desenho, uma nova versão daquela dos monstros clássicos, com criaturas presentes nos filmes antigos como também nos filmes recentes de horror.
Nasceu, então, "Classic Monsters 2", com nada mais nada menos do que 26 monstros na imagem! É exatamente essa imagem que ilustra a Comunidade Boca do Inferno no orkut, está ao lado e na Nova Camiseta!
Como estamos chegando naquele momento em que pedimos a colaboração dos infernautas para manter o site vivo na internet, ao adquirir a nova camiseta você vai estar bem vestido (com um desenho único) e ao mesmo tempo dando uma mãozinha para a página de horror mais popular do país!
O preço é R$25 reais + frete para o modelo de camiseta branca; e R$28 + frete para camisetas pretas. O modelo antigo de camiseta Boca do Inferno continua custando R$20 reais. O motivo do aumento do preço é pelos custos da produção da camiseta.
E mais: na compra de qualquer camiseta acima, você leva grátis uma revista em quadrinhos do site Boca do Inferno! E ainda concorre a DVDs promocionais sorteados mensalmente!
Para encomendar a sua, em todos os tamanhos, mande-nos um e-mail: shopboca@yahoo.com.br e prepare-se para esquentar mais uma vez o seu inferno!
Boca do Inferno no E-Farsas
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às segunda-feira, agosto 10, 2009Confira abaixo a entrevista completa:
Revista Boca do Inferno #4
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às segunda-feira, agosto 10, 2009Michael Myers Vs PlayArte
6 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às sábado, julho 25, 2009O primeiro golpe da distribuidora foi adiar a produção por diversas vezes, fazendo muitos acreditarem na possibilidade do filme não ser lançado no Brasil. A segunda facada partiu da escolha do título: um acréscimo da expressão "O Início" para evitar que o público não vá aos cinemas pensando se tratar mais uma continuação da série antiga, e também para remeter ao sucesso "O Massacre da Serra Elétrica: O Início".
Na abertura do Festival SP Terror, a distribuidora exibiu o filme na íntegra, prometendo um lançamento nos cinemas ainda em julho ou mais tardar em agosto.
Mas, faltava o golpe final! Aqueles que evitaram ao máximo fazer download do filme ou comprar em barracas de camelôs aguardaram com ansiedade a estreia do longa, no dia 24 de julho. Então, veio a surpresa (por meio da indignação do infernauta Rafael Saraiva): "Halloween: O Início" foi mutilado pela distribuidora!
Visando diminuir a censura de 18 anos para 14 (!!!), foram extraídos cerca de 26 minutos da versão normal do longa. Explico: desde seu lançamento nos EUA e 31 de outubro de 2007, foram divulgadas duas versões da produção: a versão workprint (que vazou na internet antes da estreia); e a versão de cinema (com 109 minutos). Algum tempo depois, Rob Zombie lançou uma terceira versão, sem censura, com 121 minutos.
Pois, a PlayArte conseguiu a proeza de lançar nos cinemas brasileiros no dia 24 de julho uma quarta versão, com míseros 83 minutos!!! Assim, quem for aos cinemas brasileiros assistir ao remake do clássico de John Carpenter simplesmente NÃO VAI VER O FILME!
Essa não é a primeira vez que a PlayArte faz bobagem em seus lançamentos! Para citar alguns exemplos:
- o DVD do filme "Premonição 2" tem falta de sincronismo entre o som, a imagem e a legenda.
- erro de sincronia no áudio DTS também aconteceu com o DVD de "Blade 2".
- a péssima qualidade do "Box Cavaleiros do Zodíaco". Qualidade ruim de imagem em cenas de movimento.
- o lançamento do filme "Timber Falls" com o título picareta "Pânico na Floresta 2" remetendo ao sucesso "Wrong Turn"..
Quanto ao "Halloween: O Início", Rafael Saraiva foi mais além. Segundo o infernauta, na cena a seguir "tudo que acontece entre 00:50 e 7:56 FOI CORTADO PELA PLAYARTE. Sim, na versão da Playarte, Michael pega uma faca na cozinha, e corta direto para sua mãe voltando para casa!!!"
Michael Myers voltou para Haddonfield, mas sem passagem pelo Brasil! Aos infernautas, fica o conselho: aguardem o lançamento em DVD - que espera-se que seja a versão completa do filme - ou comprem uma versão importada. Reclamem bastante com a distribuidora (http://www.playarte.com.br/Fale/) pra evitar que filmes como "Halloween 2", "[Rec] 2" e "Premonição 4" não tenham o mesmo destino.
Enquanto isso, confiram o artigo de Felipe M.Guerra (analisando as três versões existentes): clique aqui
Oitava Temporada de Buffy em Quadrinhos!
2 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quarta-feira, julho 08, 2009[SP Terror] Almoço de Encerramento...
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quarta-feira, julho 08, 2009Para encerrar os posts sobre o SP Terror, seguem algumas imagens tiradas no almoço de encerramento do evento, ocorrido na Cantina D'Amico Piolim, na Rua Augusta, dia 2 de julho.
Estavam presentes todos os responsáveis pelo evento, jurados e, é claro, o Mestre Mojica. Eu, Christian Petermann, Leopoldo Tauffenbach, Kapel Furman, Rita Gloria Curvo, Dennison Ramalho, Alexandre Nakahara, Vitor Meloni, Fabiana Sevilha, Lorena Hertz, Monica Pires, Betina Goldman, Leny Dark.
Vejam as fotos...
[SP Terror] Vídeo-entrevista: Zé do Caixão
1 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às terça-feira, julho 07, 2009São 5! Temos comentários do Mojica sobre o critério de avaliação do Júri, o filme moderno que o deixou com medo....ah, e uma gravação que fizemos dentro do cinema, justificando o porquê de estarmos prestes a ver "Halloween: O Início", se todos ali presentes repudiam a produção:
[SP Terror] Vencedores, TOP 11 e Curtas
1 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às domingo, julho 05, 2009Fizemos uma reunião com todos os jurados, os organizadores do Festival, além do Mestre Mojica, num restaurante no centro, onde, após muito debate, elegemos os vencedores da competição.
Competição Iberoamericana:
Vencedor: "Mangue Negro" de Rodrigo Aragão
Menção Honrosa: "Aparecidos" de Paco Cabezas
Competição Internacional:
Vencedor: "Eden Log" de Franck Vestiel
Menção Honrosa: "Deixa Ela Entrar" de Tomas Alfredson
Após o anúncio às 19 horas no Reserva Cultural, foi exibido o clássico "Golem", com a participação do músico Gary Lucas.
Faço agora o meu TOP 11, com os filmes que tive o privilégio de assistir no SP Terror.
11) Humanos
10) Os Descendentes
9) Strange Girls
8) Yesterday
7) O Gigante do Japão
6) Yoroi: Zumbi Samurai
5) Matadores de Vampiras Lésbicas
4) Visitante de Inverno
3) Eden Log
2) Deadgirl
1) Deixe Ela Entrar
Entre os curtas que assisti, faço as seguintes considerações e avaliações:
1) O Jardim dos Enjeitados (Cuba, 2007) - uma excelente produção que traz uma história excepcional envolvendo bebês, freiras e um poço. Bem narrada, completa, um curta de horror inesquecível. *****
2) Bicho (Brasil, 2008) - previsível, mas ainda assim bem contada, seguindo o estilo Stephen King de explorar as crianças e seus dons especiais. Neste, um menino que cuida de bichos não-domésticos. Ótima produção, bom argumento. ****
3) Mamá (Espanha, 2008) - uma história curtinha, com seus momentos assustadores. Podia fazer parte de um bom filme de terror, apesar da cena final deixar evidente um efeito de computador desnecessário. Se quiser assisti-lo, clique aqui. ***
4) Zombeer (Holanda, 2008) - Palhaçada total. Zumbis oriundos da cerveja (!!!) - na verdade, os bebuns nada mais são do que zumbis que abandonam suas tumbas (bares) e caminham pelas noites cambeleando pelas ruas. Tentativa de ser divertido, mas acaba soando como idiota e óbvio demais. **
Bom, é isso! Falta apenas uma análise do ótimo "Deadgirl", mas deixo para depois.
[SP Terror] Dias 01/07 e 02/07
2 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quinta-feira, julho 02, 2009Adorei o filme. Uma história de zumbis contada de modo diferente, sobre uma perspectiva mais particular. Escreverei a respeito. Depois do filme, após algumas conversas com o amigo Raphael Fernandes, me despedi e rumei para casa. Desisti de assistir ao aclamado "Aparecidos", devido à final da Copa do Brasil entre Corinthians e Internacional. Embora seja corinthiano, minha fuga mais cedo se deve ao receio de andar de metrô após o jogo - sempre há uns malucos interessados em arrumar confusão.
Na quinta-feira pela manhã vi outro filme de zumbis, "Yesterday", mas não achei grande coisa, não. Após o meio-dia, rumei para o restaurante Piolim na Augusta encontrar os jurados e organizadores do SP Terror. Estar mais uma vez na mesa com grandes pessoas como o José Mojica Marins, a Betina, o Alexandre, o Vitor, os demais críticos, além do músico Gary Jones, foi uma satisfação imensa. Entre massas de um rodízio saboroso, falamos sobre cinema, curiosidades, e muito mais. Bem divertido!
[SP Terror] Crítica: "Os Descendentes"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quarta-feira, julho 01, 2009Recebendo várias críticas negativas pelos frequentadores do Festival, "Os Descendentes", realmente, não eram vistos com bons olhos. Com a expectativa em baixa, o público não irá se decepcionar: o filme é ruim mesmo! Dirigido pelo responsável pelo também fraquinho "Sangre Eterna", Jorge Olguín, a produção até teria a capacidade de conseguir uma boa média se não pecasse em alguns aspectos graves: atuação, montagem e roteiro. No enredo, após a disseminação de um vírus mortal que transforma os seres humanos em mortos-vivos, os poucos sobreviventes tentam entender porque as criaturas não atacam crianças e se isso tem a ver com o fato de algumas delas possuírem grandes cortes no pescoço. Assim, o público irá acompanhar a jornada de uma bela garotinha, Camille (não é a filha da Carla Perez...), por ambientes destruídos por batalhas cruéis entre os homens e zumbis, enquanto tenta cumprir uma promessa para a mãe, em seu último suspiro de vida.
É isso. A trama poderia ser resolvida num curta de no máximo 20 minutos, com um resultado bem mais satisfatório. Primeiramente porque boa parte do enredo simplesmente mostra a garota caminhando sozinha, e suas recordações do momento em que os zumbis começaram a atacar e contaminar as pessoas até a morte da mãe. A montagem repete algumas cenas diversas vezes - como a promessa da mãe - e a chegada da garota ao hospital, o que chega a incomodar o público ansioso. Além disso, algumas cenas são arrastadas e desnecessárias como quando Camille entra numa residência e investiga todos os ambientes, ou na sequência envolvendo um playground.
Se isso já fosse suficientemente ruim, a atuação das crianças do filme chega a dar pena. Por vários momentos, elas olham para a câmera, riem em cenas tristes, não conseguem chorar em momentos de dor, fazem tudo pausadamente como se aguardassem o grito do diretor. A própria protagonista é bonitinha, tem carisma, mas jamais poderia assumir a função principal e aparecer em demasia como acontece em "Os Descendentes". Para fazer justiça, a única que se salva como atriz é Karina Pizarro, a mãe de Camille.
Também é importante ressaltar a maquiagem dos zumbis, caracterizados como palhaços mal maquiados (rosto extremamente pálido, boca vermelha e borrada, olhos brancos). Embora sejam interessantes as transformações, os efeitos chegam a fazer rir aqueles acostumados com criaturas ósseas, decompostas. E ninguém explica como a Camille consegue ficar tão bonitinha (com chapéu, rosto limpo), se ela cai várias vezes na terra, foge por ambientes imundos.
Por outro lado, a fotografia é bonita. Fazendo uso de um fundo que remete corretamente aos desenhos de crianças (pelo menos, espero que seja isso), os aviões que cruzam a cidade e alguns cenários são bem construídos quando interagem com os personagens em cena - porém o barulho dos aviões e helicópteros não chamam a atenção das crianças.
No entanto, o maior defeito do filme de Jorge Olguín está no roteiro. Sem novidades, é extremamente lento e arrastado. Fica difícil se importar com a vida da menina se ela não é atacada pelos zumbis e os soldados que aparecem são tão incompetentes e ruins de mira. Ninguém sabe porque eles querem tanto matar a garota em alguns momentos, enquanto outros querem mantê-la viva para estudos. Mas, a grande decepção reside no final "Os Lusíadas", quando o filme fica colorido e o público percebe que os efeitos são ainda piores do que ele imagina.
Provavelmente o filme mais fraco do Festival, "Os Descendentes" é mais uma prova de que o estilo pode estar em processo de decomposição.
[SP Terror] Agenda para 01/07
2 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quarta-feira, julho 01, 2009Daqui a pouco, pretendo assistir a:
19 horas: Deadgirl
21h30: Os Aparecidos
Apesar de estar louco para ver o filme, pode ser que eu não veja esta última sessão. Como hoje tem a final Internacional X Corinthians, fico com vontade de ver o jogo e também com medo de pegar o metrô depois das 11...
[SP Terror] Crítica: "Yoroi: Zumbi Samurai"
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às quarta-feira, julho 01, 2009Com as salas sempre lotadas, o filme do ator/diretor Tak Sakaguchi conseguiu divertir o público com suas homenagens ao estilo oriental de fazer cinema e ao gênero fantástico por meio de uma divertida história de vingança sobrenatural repleta de referências e com efeitos especiais exagerados. E ainda traz uma mensagem sobre o destino e as consequências que regem a vida ao apresentar logo na cena inicial um homem caminhando por um lugar sombrio e nebuloso, traçando sua opinião sobre o assunto como se fosse o apresentador de um Globo Repórter. Sua caminhada termina quando sua cabeça é arrancada violentamente de seu corpo, fazendo o filme retornar horas antes desse mesmo dia, com uma família feliz em sua viagem de carro. Entre brincadeiras e canções, os quatro alegres familiares fazem o ato típico de seis em dez filmes de terror: atropelam um desconhecido na estrada - uma cena repetida três vezes, sobre ângulos diferentes, nas primeiras características do estilo nipônico de fazer cinema.
Depois do atropelamento, a vítima se levanta e aponta um revólver para o carro, mas acaba sendo alvejado diversas vezes por um rapaz que espreitava a cena. Antes que o pai pudesse fugir dali, surge uma garota com seu cabelo colorido e sua arma brilhante, comparsa do novo assassino. Sequestrados, a família - composta de um casal, um filho pequeno (da raça dos "Toshio", de "O Grito") e uma adolescente - se vê obrigada a conduzir os marginais pela estrada empoeirada, sem saber as reais intenções dos inimigos. Quando o veículo invade uma área restrita, o GPS e os celulares são manchados de vermelho sangue, numa excelente ideia do roteirista e criador da aventura, Ryûhei Kitamura.
Em mais um momento tradicional do estilo, os pneus do carro estouram no local desértico, e o pai é obrigado a seguir até uma vila próxima em busca de ajuda, enquanto os bandidos ficam com a família como refém. Apesar da promessa feita ao filho (olha o destino surgindo na história!), o pobre pai acaba se degolando quando chega a uma espécie de cemitério, com 8 lanças. Seu sangue desperta uma criatura terrena com sua roupagem de samurai e sua espada "daishô", sedenta por sangue e cabeças. Logo, o Mal irá cruzar o caminho do restante da família, da dupla de marginais e de dois policiais que fazem ronda na região, enfrentando-os em duelos sangrentos e desiguais. E ainda haverá o retorno do rapaz atropelado e alvejado na estrada para complicar os confrontos. Curiosamente, ele não será um zumbi, e, sim, uma espécie de homem imortal, cada vez mais biruta a cada encontro com o grupo.
Consciente de estar produzindo uma auto-paródia, Tak Sakaguchi entrega um filme visualmente encantador, mas com muito sangue e mutilações, e referências ao cinema tradicional japonês (zoom, repetições de cenas, exageros e câmera lenta). Aliás, é fácil enxergar os extremos da cultura nipônica nas cenas de luta e degola dos personagens - que tem a cabeça arremessada a distância, numa explosão de um vulcão de sangue pelo pescoço da vítima. Num dos momentos mais divertidos, há o encontro de um braço e uma cabeça decepados com o sol como pano de fundo, remetendo de imediato a uma promessa feita no passado pelo personagem-vítima.
De uma forma dinãmica e interessante, o diretor apresenta sua história de maldição sobrenatural gerada num momento de raiva (lembra de "The Grudge"?), enquanto não poupa o espectador de cenas violentas e sangrentas. Se tem algum pecado, deve-se à algumas atuações caricaturais, mas não estraga o resultado final, pessimista em sua tristeza eterna.
"Yoroi: Zumbi Samurai" merece uma conferida pelos amantes da arte oriental e pelo público em geral que procura uma diversão sem compromisso. Vale uma conferida, se possível duas vezes.
[SP Terror] Crítica: "Strange Girls"
2 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às terça-feira, junho 30, 2009Tendo essa expectativa, não é de se estranhar a decepção sentida no momento em que as garotas se afastam de outras pessoas e passam a se comunicar normalmente, rindo, se divertindo, dando um banho de água fria em tudo o que você imaginava. Logo, o público chega à conclusão que o problema delas é uma psicose em parceria; na verdade, as jovens são muito espertas, vivem num universo só delas, fechado à visitas.
As garotas são estranhas, mas não tanto quanto o filme de Rona Mark. Numa linguagem arrastada e previsível, o longa segue a vida comum das gêmeas em suas tentativas de iniciação sexual, enquanto se unem para matar as pessoas que a incomodam, seja a moradora do andar de cima, as vizinhas irritantes ou o rapaz que as menospreza.
Ainda que os defensores da obra apontem para uma linguagem alternativa ou tentem ver o filme como uma comédia de humor negro, não conseguem negar os inúmeros erros do roteiro da produção, sendo que alguns chegam a incomodar pelo absurdo de sua tentativa de convencimento. Por exemplo, se as garotas não falam com ninguém - nunca - como elas aprenderam a dirigir (como tiraram carta?), como descobriram o endereço da médica, como conseguiram fugir do local onde estavam, como conseguem esconder os corpos por tanto tempo, como fazem compras (quando precisa pedir o produto?)...e a lista não tem fim. Através de bilhetes, certo? Elas adoram escrever. Então imagine uma aula de direção em que as garotas apenas escrevem para fazer suas perguntas sobre para onde devem ir...
Além disso, as meninas somem, mas o hospital só percebe isso quando o vigia (isso mesmo) resolve investigar por conta própria e descobre que as pacientes não assinaram o livro de entrada e saída (!!!). E não é preciso dizer o absurdo dele desconfiar do envolvimento delas com um crime, através de um bilhete que nem sequer traz evidências disso. E a cena que ele invade a casa delas é de um suspense ralo, quase um frio na ponta da orelha.
Por outro lado, é impossível não notar o talento das atrizes Angela Berliner e Jordana Berliner. Ambas convencem em seu drama de convivência forçada, como se fossem xipógafas, mantendo a diferença no olhar, no modo como enxergam o pretendente e a coragem de ver alguém morrer, porém com a sintonia na arte de matar suas vítimas sem dó. As cenas de violência não são extremas, porém são carregadas de sadismo. E a ideia de fazê-las se encantar com a técnica de trepanação é de uma sutileza cruel...
Com um final previsível, porém com uma cena final assustadora, "Strange Girls" é a maior decepção do Festival, mas ainda assim merece uma conferida, mesmo que seja para visitar as irmãs assassinas e sair com um gosto amargo de "poderia ter sido melhor".
[SP Terror] Crítica: "Matadores de Vampiras Lésbicas":
0 Necronomicon Escrito a sangue por Marcelo Milici às terça-feira, junho 30, 2009Desde os primeiros minutos, o filme já mostra o seu tom hiperbólico ao narrar um fato ocorrido há séculos, fazendo uso de cenários digitais no estilo "Sin City" e "300", com exageros que mergulham a produção num estilo cartoon (e não são gratuitos, já que a edição faz o corte de cena como uma revista em quadrinhos, em muitos momentos). Tudo isso para dizer que Carmilla, a Rainha dos Vampiros, transformou a amada de um cavaleiro da Cruzada em uma vampira lésbica, forçando-o a realizar um ritual e depois enfrentar a vampira com uma espada especial - mas, não antes da garota lançar uma maldição, envolvendo os descendentes do herói. Séculos mais tarde, somos apresentados a dois rapazes perdedores: o gordinho Fletch (James Corden) - que acabara de ser mandado embora de seu emprego como palhaço animador de festa porque agrediu uma criança - e Jimmy (Mathew Horne) - que levara mais um fora de sua namorada.
Ambos (emprestados da série da BBC "Gavin And Stacey") fazem o estilo "Shaun of the Dead" misturado com "Porkys": Fletch é um perdedor que só pensa em sexo; Jimmy é um perdedor que só pensa na namorada. Depois de seus infortúnios da vida pessoal, a dupla resolve fazer uma viagem para esquecer os problemas e, na sorte, acaba sendo levada a uma cidadezinha rural chamada Cragwich. Numa referência a "Um Lobisomem Americano em Londres", os rapazes chegam a um pub num local isolado e são encantados por quatro belas jovens numa kombi (a cena em que as jovens entram no veículo em slow motion é hilária), antes de seres convidados a passar a noite num hotel da região.
As garotas européias, com seus shortinhos e blusas decotadas, atiçam os hormônios de Fletch, que ignora as lendas locais e resolve encarar a possibilidade de uma noite de orgias. No entanto, as jovens são aos poucos "lesbianizadas" e "vampirizadas" por uma vampira local que pretende trazer de volta a rainha Carmilla (que depois voltará com um visual que remete "A Noiva de Frankenstein").
Engana-se quem pensa que "Matadores de Vampiras Lésbicas" terá um festival de corpos à mostra ou cenas de sexo. Apesar de seus protagonistas serem safados (mais o Fletch do que Jimmy), e as piadas envolverem sexo e drogas, o filme não apela para cenas assim: há muitas mulheres bonitas, claro, mas poucas tiram à roupa para a infelicidade dos tarados. Na verdade, o filme é uma homenagem a Hammer, principalmente à trilogia Karnstein, com seu horror sedutor, sem chegar ao extremo da referência.
Repleto de gags e diálogos divertidos ("deve ser uma ironia do inferno encontrar vampiras lésbicas. Imagino que também encontraria um lobisomem gay") como o estranhamento quanto à morte das vampiras ("só isso? Sem explosão, sem virar pó?"), o olhar de Fletch ao seios de uma das garotas no meio de sua fala e, obviamente, a cena em o padre diz ser o único que sabe matar vampiros ("todo mundo sabe! Estacas, degola, alho, luz do sol...Está nos livros, revistas e filmes!"), "Matadores de Vampiras Lésbicas" é uma ótima pedida para os fãs do humor inglês de "Monty Python" e para aqueles que não gostam de sátiras apelativas (como "Todo Mundo em Pânico"), nem bobas (como "Os Espartalhões"), com toques de horror.
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