Enquanto uma fábrica, localizada na rua de trás da casa dos meus pais era consumida por um incêndio de grandes proporções, lá estava eu mais uma vez no Metrô em direção ao Reserva Cultural.
Não pude comparecer na sexta-feira, primeiro dia do Festival, devido a alguns compromissos de trabalho, mas fiquei sabendo que foi um imenso sucesso. Hoje, também. Estava até calor dividir espaço com tanta gente nas filas e, mais tarde, na sala de cinema. E não é um público comum que frequenta as salas, parecem pessoas interessadas numa sessão de cinema alternativo - o que torna a experiência ainda mais gratificante, pois você não precisa se preocupar com moleques engraçadinhos que querem aparecer mais do que o filme. O público reage com risadas, sustos e alguns até arriscam um aplauso. E depois que termina a projeção, ninguém sai falando bobagens, ofendendo aqueles que gostaram...
Além disso, nas filas você ainda corre o risco de estar ao lado de críticos, diretores - como o Rodrigo Aragão, que me presenteou com o DVD do filme "Mangue Negro", Dennison Ramalho (que roteirizou "Encarnação do Demônio" e fez o ótimo curta "Amor só de Mãe"), técnico de efeitos especiais, cineastas e até os responsáveis pelo Boca do Inferno como eu e o Renato Rosatti. Inclusive, demos autógrafo para o simpático infernauta Rafael.
No entanto, o sucesso do evento também tem seus problemas. Você sai de uma sessão e já tem fila para a próxima. Como membro do Júri, não tive tempo de ir ao banheiro ou sequer comprar algo para comer, porque quando um filme terminava o outro já estava prestes a começar. Muitas pessoas também não conseguiram ingresso, pois eles esgotavam rapidamente - fica o alerta: se for vir para o Festival, chegue cedo.
Vi os filmes "Visitante de Inverno", "Deixe Ela Entrar" e "Humanos", além dos curtas "Mamá" (espanhol) e o engraçado "Zombeer" (holandês). Tentarei fazer comentários a respeito em páginas próprias no site.
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